Há pouco tempo experimentei pela primeira vez uma massagem tailandesa e gostei muito.
Achei esta mais uma boa forma de destralhar o corpo, trabalhando-o a um nível mais profundo. Trabalhando músculos e tendões, levando a um maior relaxamento.
Porque é preciso libertar as tensões no corpo assim como é preciso libertar as tensões na mente. Em casa destralhamos o nosso espaço, limpamos, arrumamos, organizamos da melhor forma para uma melhor vivência.
Para um maior bem estar na nossa mente precisamos de fazer o mesmo: arrumar, deitar fora aquilo que já não serve, organizar as ideias da melhor forma para uma melhor vivência e um maior bem estar.
E se relaxamos mais facilmente num espaço e com uma mente mais organizados, limpos e arrumados, também relaxamos mais facilmente com o corpo nas mesmas condições.
Podemos fazê-lo de muitas formas diferentes. Depende dos gostos de cada um. Algumas pessoas gostam de correr para libertar tensões, outras preferem fazer caminhadas ou ir ao ginásio. Pessoalmente gosto de fazê-lo com a prática do Yoga ou fazendo as coisas que eu gosto de fazer.
Esta massagem pareceu-me resultar no corpo de uma forma muito próxima ao Yoga. Como diria uma amiga minha: não tem nada a ver mas até tem.
É uma forma de praticar muitas das posturas do Yoga, mas de uma forma passiva. O terapeuta, massagista ou facilitador – não sei qual o melhor termo – faz tudo por nós. Aliás, parece-me que faz um bom exercício!
Neste caso, o meu terapeuta-facilitador-massagista foi a Rita Guilherme, a minha professora de Yoga e se gosto muito das suas aulas também gostei muito desta massagem.
Na aula de yoga, em muitas posturas, podemos nos esticar mais um bocadinho – às vezes mais do que devíamos – outras vezes menos e nos cortarmos um pouco na prática.
Quando sabemos que há determinada dificuldade ao esticar aquele tendão ou músculo, antecipamos a dor ou o desconforto. E quando assim é, quando antecipamos o desconforto, nós esquivamo-nos ao treino.
Evitar aquele movimento pode ser o suficiente para a postura, o treino, não resultar como poderia.
Na sessão de thai massage, o fator surpresa ajuda a não evitarmos determinados movimentos. Podemos até contrair os músculos na altura em que é feito determinado movimento, ainda assim o fazemos. Então só posso dizer que resulta muito melhor.
Por outro lado, pelo facto de estarmos relaxados, numa postura passiva, obtemos melhores resultados. Músculos e tendões estão devidamente aquecidos.
Conseguimos que resulte melhor a prática do que se fossemos nós a fazer a postura sozinhos.
Claro que é diferente da prática na aula. É uma sessão de massagem e não uma aula de yoga. Mas também pode ser mais terapêutico assim.
Eu diria que uma não substitui a outra, mas que para algumas pessoas pode funcionar melhor. Para além de que me parece ser um bom complemento para nos preparar para a prática para corrigir a postura do nosso corpo não só depois nos asanas mas também no dia-a-dia. O ideal seria ter uma sessão antes da aula. Isso é que era!
Concluindo, gostei imenso. E por isso aconselho.
Se a prática de yoga lhe agrada ou atrai, mas a considera algo difícil, experimente a thai massage. 😉 Acho que vai gostar.
É uma boa forma de destralhar o corpo das tensões acumuladas, de todo o lixo que de alguma forma ali vamos guardando.
Tem é de contar com tempo porque esta massagem foi de hora e meia.
Apesar de não saber o suficiente para o afirmar, aquilo que percebi do que a Rita me explicou foi que esta prática pode ser feita – ou ter um tempo diferente – de acordo com as necessidades da pessoa. Ela disse-me que só a massagem à cabeça podia demorar uma hora, mas que o trabalho pode ser feito mais ao nível das pernas, tronco, braços ou costas, trabalhando mais numa área específica que tenha maiores necessidades.
Achei curioso saber e, correndo o risco de me repetir um bocado, gostei de experienciar.
Já experimentou?