Será egoísmo?

Quando faz algo por alguém, fá-lo por si ou pelo outro? Faz porque quer ver o outro feliz? Ou porque se sente feliz ao ver a felicidade do outro?

Hoje  li uma publicação da Verônica Cobas, do Criative-se sobre a felicidade e o ato de fazer alguém feliz. O meu comentário ao texto já estava a ser tão longo, que o tornei mais curto e vim dissertar no Ideias.

Numa análise mais superficial, encontramos comportamentos egoístas que são, no fundo, altruístas. Assim como encontramos muitos comportamentos altruístas que são, no fundo, egoístas, servindo apenas para alimentar o ego.

Mas em última análise, toda a decisão e comportamento vai satisfazer o próprio. Quer queiramos quer não, vai tudo dar ao Eu. Se isso é o ego? Sim. Ego = Eu. Mas qual a definição que usamos ao usar esta palavra, já que tantas vezes é usada num sentido perjorativo?

Quando alguém se dedica mais a leituras de teor espiritual ou espiritualista, encontra facilmente menção à necessidade de se libertar do ego, transcender o ego ou, pasme, anular o ego. A mensagem original até faz sentido e parece-me ter a ver com a unidade e o sentimento de ser/fazer parte do todo. Mas acrescenta-se um ponto aqui, uma perspetiva acolá e quando se vai ver as mangas já estão compridas e nem se vê a mão (nem sei de onde saiu esta metáfora, mas vou deixar passar).

De entre tantas outras coisas que poderia dizer, o essencial é que:

[bctt tweet=”Cuidar de si é importante! Não só para o seu bem-estar, mas também para o do outro.”]

Se fizermos apenas pelo outro, contrariados, a coisa não vai correr muito bem e em algum momento isso vai vir ao de cima. Se fizermos pelo outro com gosto, essa já é uma dica de que o estamos a fazer por nós mesmos. Porque, no mínimo, nos faz sentir bem.

Se isso é mau? Na minha perspetiva não.
Vou ser piegas e dizer que quero viver num mundo mais satisfeito. Mas isso passa por cada um de nós. Por uma maior satisfação na vida de cada um de nós. 😉

Tem cuidado de si?