Seria um labirinto feito de serpentinas, uma teia de aranha, um campo de obstáculos ou uma rede de lasers que protegia a peça central de mobiliário no quarto?
Não sei, mas era uma brincadeira que eu e o meu irmão tínhamos todos os anos quando éramos miúdos. Duas vezes por ano tínhamos acesso livre às serpentinas: no Carnaval e no Ano Novo. Duas vezes por ano nos divertíamos com esta brincadeira.
Pegava cada um nos seus rolos de fita de papel e em vez de as lançarmos simplesmente ao ar, em modo de celebração, armadilhávamos o nosso quarto para desafiar o outro a conseguir atravessá-lo. Não me pergunte de onde saiu esta ideia porque não tenho resposta. Nem o meu irmão se lembra como começou.
Prendíamos as serpentinas à parede, à porta, ao mobiliário, ao chão… onde fosse preciso, para construir uma rede intrincada de fitas que o outro tinha de conseguir passar até chegar à cama, que era a grande peça de mobiliário que se encontrava no lado mais longe da porta. Se o fizesse sem partir nenhuma fita: prova superada. E, claro, de seguida desmontávamos e montávamos tudo de novo, procurando que ficasse mais difícil. E a brincadeira podia durar dias.
Claro que, nesses dias, também tínhamos de conseguir fazer o percurso para chegarmos à nossa própria cama e podermos dormir.
Conhece esta brincadeira? Também a brincou na sua infância?
Ora aqui está a partilha em video, com testemunho do meu irmão…