Bom dia alegria! 🙂
Mudanças, seja de que tipo forem, precisam de alguma organização e planeamento. Refiro-me às mudanças de espaço, seja ele virtual ou físico, mas hoje abordarei a mudança de espaço virtual. Já tinha feito mudanças na web, mas com necessidades diferentes.
Estes foram os passos necessários…
1 – Escolha da plataforma
Antes de começar a mudança, precisei de me organizar nesse sentido. Precisei, antes de mais, de pensar onde ia acomodar o novo blog, qual a plataforma a usar e se queria um domínio dedicado.
A primeira decisão foi fácil. Queria manter o blog o mais possível sob o meu controlo e mantê-lo num serviço como o blogger ou mesmo o wordpress.com não mo permitia. Não é que estivesse insatisfeita com o blogger – nada disso! – mas queria fazer mais do que ele me permitia. Para além de que, se por qualquer motivo o serviço estivesse em baixo, lá iam todos os blogs também. Claro que, hoje em dia, isto não acontece com tanta frequência, pois são serviços bem estruturados e com mais recursos, mas problemas sempre ocorrem e por vezes não conseguimos comentar ou, como na última vez, desaparece a lista dos blogs que seguimos.
Então, quanto ao espaço, decidi usar o servidor onde tenho os meus sites. No que refere à plataforma, escolhi o wordpress (wordpress.org), para poder controlar todo o processo e não ficar tão dependente de terceiros.
Já tinha a minha decisão tomada, mas se não for o seu caso e apenas se tiver decidido pelo wordpress, este é o primeiro passo. Pode optar por usar o wordpress.com e, tal como no blogger, criar, personalizar e publicar o seu blog/site sem se preocupar com o espaço onde este ficará alojado. Ou poderá optar por usar o seu espaço e fazer o download do software em wordpress.org para fazer a instalação à sua vontade.
Se já tem espaço num servidor (porque tem outro site, por exemplo) e arranha um pouco os temas base de dados, ftp e instalação de software, aconselho a segunda opção. Se assim não for, a primeira é mais fácil e económica.
No que toca ao domínio, recebi na mesma semana um email sobre uma promoção na compra de domínio e decidi: Terá domínio dedicado.
2 – Instalação / criação do blog
Como nunca tinha usado o wordpress, primeiro passei por uma fase de testes para saber se era aquilo que pretendia. Instalei-o numa pasta dentro do meu site profissional, verifiquei as funcionalidades e comecei a procurar um tema que gostasse. Tinha uma ideia do que pretendia, mas não queria gastar dinheiro com um template. E agora?
Fiz pesquisas usando como palavras chave, as características pretendidas. Testei alguns que apresentavam uma ou outra “falha” em relação aos meus objetivos. Noutros não conseguia que as traduções funcionassem sem ter de andar a brincar com o php… Queria que fosse mais fácil, pois não tinha muito tempo para me dedicar a aprender estes ajustes. É uma aprendizagem útil, mas morosa.
Há muitos anos atrás, quando comecei a usar php num site (em php nuke) tive de ler muito e testar muito até conseguir a autonomia suficiente para fazer os arranjos e melhorias que precisasse no site, sem ter de chatear o maridão ou recorrer aos serviços de terceiros. Aprendi muita coisa, mas ao mesmo tempo tão pouco, que era um trabalho contínuo. A aprendizagem ia acontecendo à medida das necessidades.
Tenho a consciência de que com o wordpress não é diferente. Embora já tenha algumas bases, o sistema é diferente e muitas coisas ficaram lá atrás. Mas sei bem como tudo isto pode absorver muito tempo. E esse é tempo que agora preciso (e prefiro) de dispensar a outras coisas, como as publicações por exemplo.
Sendo assim, optei pelo caminho mais fácil, abri mão de algumas ideias, deixei que outras tomassem nova forma e escolhi um tema que aparentemente funcionava bem. Os primeiros passos estavam dados. Aí dediquei-me a personalizar o tema, aproximando-o da ideia original e maximizando a funcionalidade (links legíveis, etc.).
3 – Migração
Precisei então de povoar o blog com todo o conteúdo existente. Na verdade antecipei-me um pouco com este passo, mas só nesta fase seria necessário porque se quiser publicar no blog antigo ou os comentários continuarem a chegar, corre o risco de perder alguma informação.
Era necessário fazer o backup. Fui ao blogger, ao menu definições – outros e escolhi exportar blog.
Depois, no wordpress, fiz importar.
Simples.
E vi como ficou, que precisava de começar a fazer ajustes.
4 – Ajustes
De acordo com o tema, podemos querer usar imagens de destaque ou não, eu escolhi usar. Assim, construí um template a seguir para estas imagens (de forma a ter um resultado final mais homogéneo), criei as imagens para todas as publicações e tive de andar a corrigir post a post as imagens de destaque. Optei por usar apenas fotografias minhas e estou a gostar imenso de percorrer os meus álbuns de fotos e redescobrir doces momentos /detalhes.
Ainda faltam umas quantas, mas o resto vai pouco a pouco.
Como ainda não existia tradução para português do tema que escolhi, fiz a tradução com o plugin Loco Translate – que recomendo! Traduzi alguns temas com esta ferramenta e funciona muito bem, para além de ser simples de usar. Não conseguia que o tema ficasse traduzido, mas sabia que o problema não era da ferramenta – é algo que acontece com alguns temas. Dei a volta à situação. Exportei os ficheiros .po e .mo para o meu computador e fiz upload por ftp para a pasta wp-content/themes/tema-escolhido/languages/. Resolvido.
Escolhi os plugins a usar, pensando em todas as funcionalidades que pretendia e descobrindo outras pelo caminho.
Tipo de plugins que considero essencial para o Ideias:
- gestão de SEO (Jetpack for WordPress ou All in One SEO)
- caixa com informação do autor no final das publicações (Simple Author Box)
- botões de partilha nas redes sociais (Jetpack ou Share Buttons by AddToAny)
- publicitar as publicações nas redes sociais de forma automática (Jetpack)
- subscrição e newsletter (MailPoet Newsletters)
- proteção anti-spam (Anti-spam by CleanTalk)
- backups automáticos e simples (Updraft Backup)
- gestão de links quebrados e imagens desaparecidas (Links Offline)
- posts relacionados (Jetpack)
- página com grelha de publicações (Content Views)
E isto para já. Tenho alguns outros instalados, a pensar em alguns desenvolvimentos, mas um passo de cada vez e logo se verá se o caminho seguirá por aí. 😉
Entretanto, já tinha comprado um domínio para o Ideias, mas ainda não o tinha transferido para o serviço onde tenho o espaço (os sites) e tratei de o fazer. Resultado: fiquei com o domínio a apontar para uma “casa” e o blog alojado noutra. Vou ter de migrar de novo!, pensei.
Toca de instalar o wordpress na nova casa, fazer o backup da instalação na casa actual para fazer o restauro na nova. Resultado: os links na base de dados referem-se todos à morada anterior. E agora? Fazer este trabalho manualmente seria impraticável (leia-se: quero a mudança já!).
Procurei mais informação sobre plugins que me ajudassem a fazer a mudança de uma forma limpa e rápida. Há gratuitos e “a pagantes”, mas eu já tinha um backup e na minha ligeireza para abrir espaço e aliviar a carga, já estava a apagar o anterior. O que impulsionou esta limpeza prematura, foi o facto de não poder criar uma segunda base de dados (bd) com o mesmo nome, claro. Então, fiz um backup só da bd (para o caso de não correr muito bem com o backup que tinha) e apaguei-a. Resumido, se apaguei a bd, posso começar a apagar a instalação anterior, que me está a ocupar espaço. E pronto, foi assim.
Enfim. Solução mais viável, fazer a migração através do plugin que já possuia e com o qual o backup foi criado. Embora o restauro do site seja gratuito, a migração não. Dizia-me para adquirir o UpdraftPlus (aproximadamente €28). E lá fui eu. Achei que o valor valia o (meu) tempo e esforço poupados. E valeu. Foi simples, rápido e… uma limpeza!
Conselho: se vai instalar o wordpress no seu servidor, escolha logo onde quer que ela fique. E se precisar de migrar para outro espaço, existem alguns plugins gratuitos que fazem muito bem o seu trabalho, desde que comece logo o trabalho com eles.
Altura de fazer os ajustes finais – enquanto continuava a fazer e colocar imagens de destaque, publicação a publicação.
Precisei de:
- mudar o link Home no menu, que ainda apontava para a morada anterior;
- tirar os botões de partilha da página inicial, que apareciam abaixo dos excertos das publicações.
A migração estava feita. Mas acrescento mais um passo porque algumas das ferramentas se destinam a manter o blog smooth and running (sim, nesta ordem).
5 – Manutenção
Depois de fazer a primeira publicação, ontem, percebi que tinha de tirar a indicação para o wordpress publicar automaticamente no twiter. Isto porque já tenho as publicações do facebook a irem automaticamente para o twiter. O que fazia com que a publicação aparecesse repetida. De seguida.
[bctt tweet=”Não convém melgar os amigos mais do que o necessário.”]
pensei.
Comecei a reparar os links quebrados e a substituir as imagens desaparecidas – já só faltam 49! Ufa!
De resto, podem aparecer algumas coisitas, mas vou percebendo com o tempo – se perceber alguma falha, avise-me. Posso ainda não ter dado por ela. 😉
Como referi, já tinha feito mudanças antes, mas nem com estas necessidades, nem de forma tão organizada.
Resumindo, se vai migrar do blogger para o wordpress, precisa de:
- decidir sobre a plataforma a usar;
- fazer a instalação/criação do novo blog;
- exportar na morada antiga e importar na nova;
- fazer os ajustes necessários, escolhendo e personalizando o tema de acordo com a mensagem que quer que o espaço transmita, escolhendo plugins, widgets, corrigindo situações…
- sem esquecer que será necessário continuar a manutenção do novo espaço para que este funcione da melhor forma possível e se continue a adequar à sua mensagem.
E pronto. É isso! Ficam aí as dicas.
Desejo-lhe um fim de semana luminoso e uma migração suave! 😉