Viva!
Começar a organizar o nosso espaço pode ser a parte mais difícil, mas à medida que vamos avançando e vendo os progressos, o próprio processo pode tornar-se viciante! No entanto, só de pensar em toda a confusão que temos de enfrentar em determinado espaço da nossa casa, toda a tralha que temos de revolver e arrumar, todas as decisões que temos de tomar sobre o fim a dar a cada coisa, pode ser o suficiente para adiarmos a tarefa mais uma vez! Então como começar?
No seguimento de alguns comentários nesta série de 31 Dias de Organização em Casa e noutros artigos que vou lendo por aí, gostaria hoje de escrever sobre aquilo que muitas vezes nos falta para começar: motivação.
É verdade que este seria um bom artigo para o início deste projecto, mas uma vez que comecei motivada (e ainda estou… yay!), foi algo que me passou ao lado.
Mas aquilo que pode ser óbvio em determinados momentos ou para certas pessoas, passa-nos muitas vezes ao lado noutros e este parece-me ser um bom momento para abraçar este tema. Por isso prepare-se. Segue-se um post com poucas imagens e muitas palavras, mas que pode clarificar algumas ideias e, idealmente, ajudar a motivá-@ a tomar as rédeas do seu espaço e aumentar a sua qualidade de vida!
Projecto 31 Dias de Organização em Casa
Se não está a acompanhar o projecto, pode ver a lista dos espaços já cobertos até à data no primeiro artigo, clicando no link. E não se esqueça que continua a decorrer o mosaico sob o tema Organização em Casa, onde poderá participar até ao final deste projecto.
No passado, sempre que começava a arrumar ou organizar um espaço em casa, acabava por me envolver emocionalmente com as recordações que ia encontrando pelo caminho e, algumas horas depois, estava farta da tarefa e começava, literalmente, a enfiar o resto das coisas nas gavetas e espaços livres. Isto acabava por resultar em algumas pilhas encostadas nos cantos porque queria voltar à tarefa mais tarde, pois claro!
É claro, também, que tinha sentido a tarefa como suficiente por uns tempos e que deixava passar um bom tempo até voltar à carga.
É verdade que ia deitando coisas fora, dando ou reciclando outras e organizando o resto da tralha, mas como o correio não pára de chegar, os eventos de acontecer e as recordações de serem fabricadas, as pilhas tinham tendência a, pelo menos, subsistir.
Este ano foi a primeira vez que “a tarefa” demorou alguns dias em vez de horas, sem que me fartasse ou perdesse a motivação até a terminar. Claro que essa não foi a única diferença! Estava mais motivada, mais inspirada (graças às vossas partilhas no pinterest e na blogosfera), com objectivos mais claros e um plano, para além de que comecei a partilhar o processo no blog e, de alguma forma, a prestar contas do meu progresso. Parece-me uma enorme diferença!
É verdade que parei de partilhar fotografias desse progresso, pois entretanto têm sido coisas pequenas ou apenas manutenção e porque estou de volta de uma tese de mestrado, mas continuo motivada e desejosa de terminar e entregar a tese para dedicar mais tempo a esta tarefa e organizar outros espaços cá em casa, assim como áreas da minha vida que precisam de alguma atenção extra.
Então, não sou expert no assunto e o meu espaço ainda está longe da (“minha”) perfeição, mas tenho tido a minha dose de tentativas frustradas, de procrastinação e de, finalmente, resultados satisfatórios, pelo que decidi partilhar aquilo que me faz sentido e funciona comigo.
Se ainda não encontrou um sistema que funcione para si, nada como experimentar as dicas de outros blogueiros e ver se funcionam mediante os seus objectivos e a sua forma de estar e fazer. Não se esqueça, no entanto, que só saberá se funciona para si se o experimentar durante algum tempo. Reserve-se pelo menos 3 semanas a experimentá-lo e então decida o que manter e o que descartar do sistema que experimentou.
Organizar é um processo, pois a vida continua a acontecer a todo o momento, mas a parte do processo com um aspecto mais devastador é aquela em que precisa de enfrentar a desorganização de semanas, meses ou anos. Não precisa de encará-la como um “monstro” ou algo intangível – de facto, isso não ajudará em nada.
Todo o grande objectivo ou grande tarefa não é realizado sem que uma série de passos tenham sido dados para chegar a esse lugar de vitória e satisfação. O segredo está em definir esses passos, planear o que é necessário fazer para lá chegar. E passos são passos! Têm a medida da nossa perna, por isso, são exequíveis.
Desta perspectiva retiro então dois pontos importantes:
- a necessidade de estabelecer um objectivo e de
- o repartir em diversos passos/etapas.
E da minha experiência (ou reflexão) recente retenho: a vantagem de partilhar o processo com alguém, da saturação mental e de ter objectivos claros para cada espaço.
Vamos por passos, então…
Saturação mental
A saturação mental é muito útil nos mais diversos objectivos, com a organização não é diferente. Quanto mais nos inspirarmos quanto ao que pretendemos obter, como às diversas formas de o fazer acontecer, mais a nossa motivação e determinação vão crescendo.
Podemos dizer que a determinação (decisão tomada) é o nos leva a agir e a motivação é o balanço que levamos para essa acção. Com mais balanço chegamos mais longe – estando a concretização algures no final da linha, embora esta não me pareça ser, de forma alguma, a última estação.
O pinterest é óptimo para nos inspirarmos nestes temas, mas também o são os imensos blogues e sites em que experiências são partilhadas, dúvidas esclarecidas e onde encontramos dicas para todos os gostos. A saturação mental ajuda ao longo de todo o processo e para cada etapa.
E por falar em Pinterest, acompanhe-me por lá, pois também partilho inspiração que pode ajudar à sua saturação mental.
Objectivos claros e definidos
Por trás de cada tarefa existe sempre um objectivo. É aquilo que nos motiva a seguir em frente. Por isso é importante que o objectivo esteja (seja) definido e claro ou corremos o risco das nossas acções não nos levarem no sentido que pretendemos. Se não tiver um objectivo claro, qualquer caminho serve, mas nem todos os caminhos levam a lugares que nos agradam, certo?
Imagine que se ligar para uma agência de viagens para marcar as suas férias, vai precisar de ser específico, quanto ao que pretende, com quem lhe atender o telefone do outro lado. A não ser que queira simplesmente sair de onde está (leia-se: para qualquer lugar), precisará dar direcções para que essa pessoa possa ajudá-lo e oferecer-lhe um pacote que lhe agrade.
Prefere passar férias num local quente ou frio? Na praia, no campo ou na cidade? Se responder frio, é na neve ou nem por isso? Prefere uma praia apinhada de gente, um resort turístico, ou uma cachoeira bem sossegada no interior? E quanto pretende gastar? Durante quanto tempo? Pretende ficar em hotel, pousada, pensão…?
Enfim, uma série de decisões – sim, não pode escapar às decisões! Se é garantia de sucesso? Não. Mas as probabilidades são muito maiores! Um objectivo claro ajuda-nos, então, a planificar os passos que me parecem levar até ao lugar onde pretendo chegar. Ter objectivos claros para cada espaço, ajuda a manter-nos motivados no processo e a definir a estratégia para os colocar em prática.
O objectivo não será organizar, mas levar menos tempo a sair de casa pela manhã ou convidar os amigos mais vezes ou ter uma zona dedicada ao artesanato que gosta de fazer, etc.
Plano de ataque
Porque…
[bctt tweet=”É preciso meter mãos à obra.” username=”Trazer_por_Casa”]
É importante dividir aquele grande objectivo em pequenas tarefas, em pequenos passos. O que é necessário para lá chegar?
Se a área problemática da minha casa for, digamos, o escritório, preciso de analisar o que acontece para que assim seja, que acções acontecem ou deixam de acontecer no dia-a-dia para que o local se mantenha dessa forma. Então, poderei planificar os passos necessários a dar para modificar os hábitos ou torná-los menos “devastadores” e direccioná-los no sentido em que pretendo ir, o meu objectivo. Estarei, com certeza, a mudar os resultados. Depois, só terei de avaliar se são os resultados que pretendo ou se precisarei de fazer ajustes ou mudar de estratégia.
Aliás, esta é uma boa estratégia para qualquer objectivo na nossa vida. O objectivo deixa de ser aquele lugar que parece estar lá tão longe e transforma-se numa série de passos tangíveis, em que podemos focar-nos e seguir caminho. E a satisfação que podemos sentir a cada passo, a cada etapa concluída?
É importante manter o objectivo em linha de vista, como uma bússola, mas sem perder o foco no caminho, o processo, aquilo que é importante fazer a cada momento: dar um passo.
Um passo de cada vez é perfeitamente alcançável e a cada passo estaremos mais próximos do destino. Preocupe-se com o passo seguinte apenas depois de terminar o presente, após terminar a tarefa que tem em mãos.
Planifique. Qual o tempo que pode ou está disposto a despender por dia/semana? Muito ocupado/a? De certeza que não arranja por aí 5 minutos? Porque é que não pode ser o suficiente? Lembre-se do ditado: grão a grão… 5 ou 10 minutos por dia, pode fazer uma grande diferença no final de uma semana. E no final de um mês? Não custa experimentar.
Roma não foi construída num dia
Não precisamos de fazer (nem conseguimos) tudo de uma vez só. Algo que esquecemos muitas vezes.
Depois desta planificação, é importante reservar-se o tempo que for necessário para terminar cada etapa. Ou seja, imagine que gostaria de terminar uma determinada tarefa no espaço de uma semana, mas não tem realmente de o fazer nesse espaço de tempo. Se não o conseguir, paciência! É preciso é continuar o percurso até a completar.
Quanto tempo esperou até colocar mãos à obra? O que importa é que começou ou se está a estruturar para isso; o importante é que está a fazer algo para que isso aconteça. Tem uma festa planeada ou visitas para chegar de férias dentro de um tempo determinado? Só tem de estruturar-se para isso, planificar e meter mãos à obra, mas sem levantar os pés do chão.
Vamos ser realistas ao estabelecer os nossos objectivos. Se não conseguiu cumprir o plano porque se atrasou em alguma tarefa ou porque surgiram imprevistos (com estes pode sempre contar!), só tem de realizar o que for possível e improvisar.
Organizar é um processo e, como tal, precisa de tempo para se desenrolar e, uma vez que não somos donos do tempo nem podemos controlar tudo o que acontece, o mais provável é ser necessário alterar o plano original.
O maridão diria, é sempre preciso um plano B! Eu sou mais de improvisar, mas confesso que o plano B dá jeito em muitas ocasiões. 😉 O plano B pode sempre ser – neste caso – aceitar a necessidade de alterar o plano original e improvisar!
Reserve-se o tempo e o direito de o fazer.
Partilhar o processo / progresso
Pode não ser necessário partilhar o progresso da empreitada, mas é algo que pode ajudar. Para mim funciona muito bem!
Escolha alguém com quem partilhar o processo. Pode ser alguém que possa ajudar na organização, marido, mulher, filhos, amiga ou terapeuta. Alguém que o mantenha motivado a continuar, quanto mais não seja apenas pelo compromisso.
Ou pode ser simplesmente para partilhar, ir contando o que espera fazer, como, o que vai fazendo; alguém que possa lhe ir perguntando como vai a organização e que o vá lembrando do seu próprio compromisso. Mas pode ser online, como faço aqui no blog. Para além de ter a ajuda do maridão para diversas tarefas e espaços, fui partilhando consigo para me pressionar a seguir em frente, honrando o compromisso.
Partilhar lembra-nos do que estamos a fazer e porquê. Partilhar mantém-nos focados e motivados. Para além de que os comentários e dicas, de outros como nós, ao longo do caminho ajudam a clarificar e melhorar, assim como aumentam a satisfação. Para além de que saber (lendo ou vendo fotos) que outras pessoas estão também a organizar, é como se estivéssemos a trabalhar em grupo! É muito mais divertido e torna-se mais fácil.
E pronto.
Estas são as dicas básicas que me levam a avançar.
Para começar e colocar as mãos na massa, acrescentaria apenas que há quem recomende:
a) começar pelo espaço que precisa menos da organização – para ser mais difícil desistir e poder ir vendo os resultados, sentindo a satisfação de realizar, ou simplesmente para ir usando este espaço/divisão para ir colocando as coisas que vai tirando dos outros espaços e ali fazer a separação do que vai doar, deitar fora ou arrumar noutros espaços;
b) começar pelo espaço mais difícil (com maiores necessidades) para aproveitar o pico de motivação, realizar e pensar que o que vem de seguida será muito mais fácil e se conseguiu lidar com aquele espaço, consegue definitivamente lidar com os seguintes.
Escolha o que lhe parecer melhor para começar e experimente! Veja o que funciona para si.
[bctt tweet=”Se não experimentar, não saberá na certa.” username=”Trazer_por_Casa”]
Vamos avançar?
Boa organização!
4 thoughts on “5 dicas para se motivar a organizar a sua casa”
DICAS PRECIOSAS ;D
😉
Espero que possam servir a alguém como servem a mim! 🙂
Bjs
Que dicas óptimas! Realmente o mais difícil é o “arranque” depois disso tudo se torna mais fácil e motivante 😉
Obrigadda pela visita, um óptimo fim de semana para ti<3
beij♥s
“Saúde & Beleza – Health & Beauty”
Um bom fim de semana de volta! 😉
Besitos